

Lugar de memória e arte
rastros de uma escola normal
Projeto desenvolvido em parceria com Vitor Barros
Forum da Cultura
Juiz de Fora, 2019
De caráter artístico e documental, a exposição mapeou os atravessamentos de uma
oficina sobre Arte e Memória realizada no Instituto Estadual de Educação (a Escola Normal) através do PIBID.
As sete obras expostas investigam as relações entre memórias individuais, coletivas e memórias no espaço/tempo, e são de autoria dos participantes da oficina (alunos de 6º ao 8º ano) e convidados. Além de processos em arte-educação, a exposição discute afetividades, apagamentos, registros, passagens e os rastros deixados.
Equipe de curadoria e montagem: Bia Penna, Larissa Brandão, Lucas Soares, Mariana Couto, Paula Lopes, Rayana Bianchetti, Sergio Izzo e Vitor Barros
LUGAR DE MEMÓRIA E ARTE: RASTROS DE UMA ESCOLA NORMAL
Falar de memória significa falar de narrativas. Por meio delas, retomamos um tempo e espaço que volta a existir somente pelas percepções e lembranças guardadas por aquela pessoa que as ativa. Muitas vezes distante dos registros oficiais, a memória nos conta sobre passados vividos, sobre percepções, sobre as subjetividades e acima de tudo, fala sobre pertencimento.
Quando pensamos na escola, muitas vezes deixamos de perceber as formas de vida que existem nela. Crianças e adolescentes, responsáveis, docentes, funcionários. Todas essas pessoas trazem para o mesmo espaço as suas próprias histórias e olhares sobre a vida. Ali, com umas em relação às outras, é construída uma trama que envolve os componentes desse espaço. Justamente por causa disso, muito se enganam aqueles que pensam ser a escola um lugar composto somente por hierarquias e burocracias sem fim.
Ações como a oficina sobre memória e arte oferecida pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) no Instituto Estadual de Educação são de suma importância para ativar questões fundamentais, que humanizam o espaço escolar. Por meio delas, é possível pensar sobre a memória enquanto mecanismo de formação de identidades e como isso pode ser ativado pela arte. Essas reflexões, narram por meio da visualidade, pontos de contato entre as memórias individuais e coletivas adicionando a esse debate a memória do espaço onde essas relações são elaboradas. Assim, por meio de muitas camadas, podemos perceber as distintas formas de vida existentes na escola e reativar em nossa própria memória o nosso pertencimento a esse lugar, muito em parte, responsável por quem somos hoje.
Texto: Renata Caetano
